Prefeitura diz ter iniciado programa de segurança no Aricanduva e mais 4 regiões

O plano de metas do prefeito Fernando Haddad (PT) para a segurança na cidade São Paulo tem como foco cinco regiões da cidade. Das 31 subprefeituras da capital, Sé (no Centro); Aricanduva (Zona Leste); Campo Limpo, Capela do Socorro e M´Boi Mirim (Zona Sul) começaram a receber o “Programa Territorializado de Prevenção da Violência e da Criminalidade.”

O critério de escolha da Prefeitura de São Paulo para a implementação da medida foram os índices de assassinatos registrados nessas áreas pela Secretaria da Segurança Pública do estado de SP (SSP). Desde janeiro, quando Haddad assumiu o cargo, até abril, 141 pessoas foram mortas nas regiões dessas cinco subprefeituras. No mesmo período, as demais 26 subprefeituras tiveram 286 vítimas de homicídios dolosos.

O programa para tentar reduzir a criminalidade em São Paulo, encabeçado pela Secretaria de Segurança no bairro Aricanduva, consiste no aumento do efetivo da Guarda Civil Metropolitana e da iluminação pública. O plano ainda prevê parceria com a Polícia Militar, que ficará responsável por reforçar o patrulhamento, principalmente o noturno, nas ruas das regiões onde estão as subprefeituras da Sé, Aricanduva, Campo Limpo, Capela do Socorro e M´Boi Mirim.

“O foco do programa está voltado para a sensação de segurança dos munícipes, de forma que eles sintam-se seguros ao sair de suas casas e ocupar os espaços públicos”, disse o secretário da Segurança Urbana, Roberto Porto.

Também há intenção de reforçar o efetivo atual da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que é de aproximadamente 6.200. “Além de melhorar a iluminação nos locais onde mais ocorrem assassinatos, a idéia é contratar 2 mil guardas-civis metropolitanos ainda este ano. O edital deverá sair nas próximas semanas”, afirmou Porto.

Os dados de violência nas subprefeituras foram obtidos pela equipe de reportagem a partir de informações divulgadas pelos distritos que atendem essas regiões no site da pasta. Levando-se em conta o primeiro trimestre deste ano, a subprefeitura do Campo Limpo concentra o maior número de casos e vítimas de homicídios em relação às outras demais subprefeituras. Na região estão os bairros do Campo Limpo, Capão Redondo e Vila Andrade. Levantamento feito nos distritos policiais dessas áreas (o 34º, 37º, 47º e 89º) mostram 49 registros envolvendo 56 mortos.





Dos 19 bairros atendidos nas cinco subprefeituras, seis deles aparecem entre os dez mais violentos de São Paulo, segundo dados de homicídios registrados nos distritos policiais dessas áreas desde 2011.

A Prefeitura, por meio do Departamento de Iluminação Pública (Ilume), informou que pretende investir R$ 160 milhões até 2016. Esse valor inclui 25 mil novos pontos de luz por ano nas ruas e avenidas da cidade. Poderão ser trocadas mais de 120 lâmpadas até o fim deste ano -1.200 apenas na região central.

Apenas em 2013 a previsão é de investimentos na ordem de R$ 40 milhões. O
Ilume divulgou nota informando que prioriza as regiões “que apresentam os maiores índices de criminalidade e ilícitos”. Além de dados da Polícia Civil, a Secretaria de Serviços, responsável pelo Ilume, recebe informações de outras secretarias municipais e estaduais sobre regiões onde há criminalidade elevada.

Questionada sobre quais medidas serão adotadas nas cinco regiões mais perigosas, a pasta respondeu que nelas “já estão em execução ordens de serviço para a remodelação e ampliação, envolvendo cerca de 3.500 unidades de iluminação pública”. Além de priorizar a iluminação nos locais com maiores índices de homicídios, também serão consideras as regiões que apontem grande incidência de violência contra a mulher, como crimes de estupro, por exemplo. Locais com concentração de pessoas, escolas, hospitais, estações de trens, metrô e terminais de ônibus

Uma das iniciativas é trocar as lâmpadas 5 lux (unidade de medida de luminosidade) para 20 lux, que permitira, por exemplo, enxergar o rosto de uma pessoa a aproximadamente 30 metros de distância.

Entre outras medidas que estão sendo adotadas pela Secretaria da Segurança Urbana para conter a violência na capital paulista está a mediação de conflitos. Agentes vão trabalhar em 31 Casas de Mediação de Conflitos, localizadas nos 96 distritos de São Paulo, territórios das Subprefeituras.

“Dentre as áreas diagnosticadas como críticas como por exemplo, está a Praça Roosevelt. Lá há relatos de conflitos entre skatistas e guardas civis metropolitanos”, disse o secretário Roberto Porto.

Fonte: G1





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