Mesmo com obras,Aricanduva e mais 4 córregos transbordam em SP

As obras feitas pela Prefeitura de São Paulo nos córregos não foram suficientes para conter os transbordamentos deste verão. Dos oito córregos e rios que transbordaram desde novembro, cinco tiveram intervenções dadas como “concluídas” pelo poder público – que garantiu que elas seriam suficientes para pôr fim aos problemas de drenagem.

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo cruzou as informações de todas as obras de drenagem e canalização da Prefeitura com a quantidade de transbordamentos registrados pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). A lista com as intervenções feitas de 2005 a 2010 foi encaminhada pela Prefeitura ao Ministério Público Estadual, que instaurou um inquérito para apurar as causas das enchentes.

O documento garante que, das intervenções elencadas, “as que puderam ser concluídas resolveram definitivamente o problema de drenagem”. Também afirma que foi possível eliminar 80 pontos críticos de alagamentos até o presente momento. Até o fim da gestão Gilberto Kassab (DEM), em 2012, seriam 170. A Prefeitura não informou quais foram os pontos solucionados.





Transbordaram, de novembro até agora, os Córregos Ipiranga, Mooca, Morro do S, Jaguaré, Cabuçu de Baixo no Guaraú, Limoeiro e Limão e o Rio Aricanduva. Desses, apenas os três últimos não tiveram obras de drenagem ou canalização concluídas. Os demais receberam, nos últimos cinco anos, investimentos de R$ 78,3 milhões. Os Rios Tietê e Pinheiros também transbordaram, mas a responsabilidade por eles é do governo do Estado.

A Prefeitura reafirma que as obras resolveram os problemas de drenagem. O município, no entanto, faz a ressalva de que algumas fazem parte de um conjunto maior de intervenções em determinada bacia hidrográfica, cujos problemas só serão resolvidos com a conclusão de todas. “Os cinco córregos referidos tiveram as obras concluídas e não sofreram alagamentos nas áreas de abrangência das intervenções. No entanto, fazem parte de bacias hidrográficas de considerável extensão, que exigem número expressivo de obras.”

Fonte: O Estado de S. Paulo





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